16º Siepe: maior evento científico da Unipampa reúne apresentação de 1.348 trabalhos
Por Ana Carolina Conceição e Emanuelle Bueno
O 16º Salão de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe), Campus São Borja, que está em seu último dia hoje, 24, é um momento para os estudantes exporem os seus conhecimentos e expandirem olhares. Os participantes se inscreveram, assim como nas edições anteriores, em duas modalidades para compartilharem suas pesquisas: apresentação de trabalho e pôster. Os trabalhos apresentados no evento são enviados para a Comissão Científica na forma de resumo simples ou expandido. Nos três dias de evento, foram apresentadas 774 exposições orais e 574 pôsteres, distribuídas em 15 sessões que ocorreram em três turnos nos prédios acadêmicos 1 e 2 do Campus. Ao todo, foram 1.348 trabalhos aprovados para apresentação nas categorias de ensino, pesquisa, extensão, cultura, inovação e empreendedorismo.
O Siepe é considerado o maior evento científico da Universidade e, este ano, discutiu especialmente as potencialidades, inovações, biodiversidade e clima sobre o bioma Pampa. Ao longo dos anos, o evento se mostrou de extrema importância para a Instituição por potencializar integração entre os campi, bem como fomentar a economia local. Nesta edição, pela primeira vez, São Borja foi sede do Salão. Cerca de 1.500 trabalhos foram submetidos.
As apresentações de trabalhos, tanto oral quanto pôster, começaram na tarde de terça-feira, 22, e finalizam hoje à tarde, 24. Os estudantes se mostraram animados e com alta expectativa para suas apresentações, bem como para assistirem as apresentações dos outros acadêmicos e colegas.
A estudante de nutrição, Campus Itaqui, Nathaly Fuenzalida de Lemos, expôs a pesquisa “Características demográficas e de trabalho de extensionistas rurais brasileiros na promoção da alimentação saudável” em formato de pôster. A acadêmica ressalta a relevância das apresentações em iniciativas como o Siepe: “Eu acho que o evento é muito importante porque podemos mostrar um pouco das nossas pesquisas, que acabam influenciando positivamente em vários níveis. Também podemos disseminar o conhecimento que, às vezes, achamos que é pequeno, mas que muitas pessoas desconhecem”.
Na área de Ciências Sociais Aplicadas, a estudante de Jornalismo, Campus São Borja, Gabriela Antunes, participou com pôster de sua pesquisa “A dicotomia na abordagem midiática do futebol feminino e masculino no Globo Esporte”. Para a acadêmica, a importância de participar do Siepe é valorosa, principalmente, pela “troca de conhecimentos entre todos os cursos e campi da Unipampa, pela questão da diversidade de assuntos. Então, quando apresentamos, mostramos um pouco da nossa área, do mesmo jeito que absorvemos a perspectiva do outro”.
O compartilhamento de conhecimento não seria completo sem a participação igual de todos. A estudante Beatriz Alves participou de seu primeiro Siepe com apresentação de pôster e trabalho oral com as pesquisas intituladas, respectivamente: “Experiências vivenciadas em um ambiente para animais desabrigados durante a enchente de 2024 em Ururuaiana-RS" e “Deficiência, autismo e neurodiversidade: construindo ações anticapacitistas na prática acadêmica e na saúde”. Acadêmica do curso de Medicina, Campus Uruguaiana, Beatriz relata que possui distrofia neuromuscular, condição que afeta tanto os músculos quanto os nervos, sendo necessárias duas intervenções cirúrgicas em seu quadril. A estudante avalia positivamente a gestão da acessibilidade do evento, principalmente pela preocupação da comissão organizadora: “antes de começar o evento já entraram em contato comigo procurando saber o que eu precisava de inclusão, de acessibilidade, e eu achei muito importante, pois esse cuidado tem que ser levado adiante, principalmente no nosso dia a dia acadêmico”, reflete.
Ao longo dos três dias de evento, 25 salas de aula, laboratórios e gabinetes de apoio técnico, todos equipados com recursos de informática e audiovisual, receberam os estudantes para compartilharem suas pesquisas científicas. Além disso, um prédio acadêmico inteiro foi utilizado para a receber 20 oficinas e minicursos ministrados por professores e acadêmicos em diversas áreas do conhecimento.
Apoio e fomento
O evento também conta com o apoio de importantes órgãos de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), com apresentação de pesquisas que recebem fomento desses órgãos. Além disso, a Instituição recebeu três avaliadores do CNPq: professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Leandro Souza da Silva e Everton Picolotto; e, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Angelita da Silveira Moreira.
Prêmio Cardeal Amarelo
A partir das 13h desta quinta-feira, 24, serão realizadas as cerimônias de premiação e encerramento do 16º Siepe no Auditório do campus I. Haverá transmissão ao vivo no Youtube da Unipampa e nas salas 1207 e 2202. Dos 1.348 trabalhos inscritos, 40 foram indicados ao prêmio Cardeal Amarelo, que premiará cinco trabalhos, sendo um por categoria: ensino, pesquisa, extensão, inovação e cultura. Todos os trabalhos indicados ao prêmio devem ter sido apresentados de forma oral durante o evento. Apenas os trabalhos submetidos por acadêmicos dos cursos da Unipampa podem concorrer ao prêmio.
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