Comunidade Universitária da Unipampa participa de manifestações contra cortes na educação
Na última quarta-feira, 15, estudantes, docentes e técnico-administrativos em educação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) participaram das mobilizações contra o contingenciamento de 34% dos valores discricionários, entre recursos de outras despesas correntes e investimentos, por parte do Ministério da Educação (MEC) além da suspenção de bolsas de mestrados e doutorado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para todas as Instituições Federais.
De acordo com o estudante do curso de Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa, Matheus Rodrigues dos Santos, a ideia foi dar uma resposta às recentes afirmações de que a academia brasileira é ineficiente. “Mostramos, então, que pelo contrário: se a academia brasileira é dona de 90% das produções cientificas brasileira (dado oficial) não seria diferente com a Unipampa, assim, nada mais justo do que mostrarmos essas produções para a população bajeense”, contou o estudante.
Em Bagé, os estudantes e servidores do Campus da instituição realizaram aulas públicas, exposição de trabalhos, Sarau e oficinas em praças e na rua com a participação da comunidade. Segundo o professor da Unipampa, Alessandro Bica, a ideia surgiu através da preocupação dos alunos da instituição e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-grandense (IFSUL), com o corte de verbas. A partir daí os estudantes iniciaram a organização dos atos, com o apoio dos professores e técnico-administrativos da Universidade. “Durante as atividades conseguimos mostrar para a comunidade a importância da presença da Unipampa para a sociedade. Mostramos que produzimos pesquisas e conhecimento, o ato finalizou com a presença de cerca de 500 pessoas numa caminhada em defesa da educação”, contou ele.
Em Caçapava do Sul, o movimento também partiu dos alunos que organizaram a manifestação. Pela manhã os estudantes, docentes e técnicos da instituição fizeram rodas de conversas sobre o atual momento político no Brasil e confeccionaram materiais para a manifestação. Às 14h30 cerca de 200 pessoas participaram de uma caminhada do Campus Caçapava do Sul até a Praça Matriz do município. Escolas estaduais também participaram da atividade.
Em Alegrete, as atividades iniciaram com uma manifestação no centro da cidade, junto com representações dos mais diversos setores da sociedade. Na oportunidade, os docentes e discentes relataram os projetos de pesquisa que estão sendo realizados, além dos projetos de extensão que envolve a comunidade. No turno da tarde foi realizada uma caminhada do Campus Alegrete até ao Calçadão Central com a presença de servidores e estudantes. À noite uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores foi realizada para debater os contingenciamentos recentemente anunciados. Entre todas as atividades, foram reunidas cerca de 250 pessoas.
No município de Santana do Livramento, a comunidade universitária realizou uma caminhada do Campus Santana do Livramento até a Praça Internacional. De acordo com o diretor do Campus, Rafael Schimidt, mais de 1000 pessoas participaram do ato, entre eles estudantes, técnicos e docentes da Unipampa, IFSul, escolas estaduais e municipais. “Tivemos os três níveis: instituições públicas federais, estaduais e municipais, além do ensino fundamental, médio, técnico e superior”, relatou ele. Após a caminhada, banners com projetos de pesquisa e extensão foram colocados na praça com a ideia de apresentar as iniciativas da universidade para a sociedade. Pela tarde, professores que ministrariam aulas no Campus promoveram aulas públicas, além de rodas de discussões.
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