O 16º Salão de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) ocorreu no Campus São Borja da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), com três dias de programação, 22,23 e 24 de outubro. O evento envolveu toda a comunidade acadêmica, incluindo estudantes, professores e servidores. Um dos grandes destaques do Siepe foi o Prêmio Cardeal Amarelo, cujo nome homenageia o pássaro símbolo do bioma Pampa, e que se fez presente em mais uma edição.

A premiação, realizada anualmente, é considerada uma das maiores honrarias acadêmicas da instituição, voltada a reconhecer estudantes e projetos de destaque nas áreas de inovação, ensino, pesquisa e extensão. A cerimônia de premiação encerrou o último dia do evento, 24 de outubro, e contou com a participação de alunos e professores da instituição.

O prêmio tem como objetivo valorizar o empenho acadêmico e a dedicação à pesquisa científica e social. Neste ano, projetos de áreas como sustentabilidade, inclusão social, e tecnologia aplicada foram os grandes destaques. Ao todo, 40 trabalhos orais foram avaliados e cinco deles foram premiados em diferentes categorias. Diferente das outras edições, a premiação contemplou apenas os discentes que, no momento da submissão do trabalho, selecionaram a opção de indicação ao prêmio. 

Para muitos estudantes, o prêmio representa não apenas um reconhecimento do esforço individual, mas também uma motivação para continuar contribuindo com a ciência e com a sociedade. O professor Jeferson Bueno, orientador do graduando de medicina Lincoln Sona, do Campus Uruguaiana, que realizou o trabalho intitulado “Tecnologia e Saúde: A Revolução Chegou à Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul”, revela, com muito carinho, estar feliz pela premiação recebida por seu aluno, porque todo o empenho dele foi recompensado. Por meio  do Cardeal Amarelo, a Unipampa reforça seu papel na formação de profissionais capacitados e bem instruídos.

Daniela Flores de Flores, estudante de Ciências Biológicas, do Campus São Gabriel, com o trabalho “Aprendizagem Baseada em Projetos como Estratégia para Elaboração de um Minicurso", também conquistou reconhecimento acadêmico por meio do prêmio. A estudante de Direito, do Campus São Borja, Rafaela Boaz Bove foi outra premiada, na modalidade de destaque inclusivo Marielle Franco, com o resumo intitulado “Shantal Verdelho e a Violência Obstétrica: Lacunas na Proteção Legal no Brasil". Rafaela destacou sua felicidade ao ver o trabalho reconhecido: “Fiquei muito feliz que gostaram da pesquisa e do trabalho, e que me deram a oportunidade de ganhar um prêmio tão importante, especialmente por ser no eixo da inclusão. Um prêmio acadêmico como esse dá credibilidade à pesquisa, demonstrando que o estudo foi bem fundamentado, relevante e reconhecido pela banca do Siepe. A premiação representou, para mim, um marco no combate à violência obstétrica e na promoção de práticas mais humanas e respeitosas no cuidado à saúde das mulheres. Foi muito bom poder falar mais sobre esse tema e ainda ser reconhecida por isso.” Além disso, Bianca Durgante, juntamente com o coautor Davi Lemos, de Engenharia de Computação, Campus Bagé, foram premiados pela pesquisa “Análise Instrumental de Modelos RNN para Agricultura Digital Visando Computação Verde", que destacou o uso de tecnologia sustentável no setor agrícola. Já Anndreza Martins Laurindo, de Letras, Campus Bagé, conquistou reconhecimento com o trabalho “Relato de Experiências da Imersão ao Repertório Indígena no Baque do Pampa”, valorizando a cultura indígena e sua conexão com o bioma local. Esses projetos reforçam a diversidade de temas abordados pelos estudantes, evidenciando o impacto social e ambiental de suas pesquisas.

O Siepe deste ano reforça a relevância do Prêmio Cardeal Amarelo como um importante reconhecimento acadêmico da Unipampa. A premiação reafirma o papel da Universidade na formação de profissionais qualificados no estudo do bioma Pampa e da sociedade.