Inovação e acessibilidade: Unipampa recebe patente de material adaptado para ensino de conceitos químicos
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) recebeu, no final de dezembro, o comunicado do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual - INPI concedendo a sua primeira carta patente que outorga à Universidade a propriedade do modelo de utilidade Diagrama tátil de Linus Pauling, em todo o território nacional. Trata-se de material adaptado para o ensino de conceitos químicos para alunos com deficiência visual, especificamente com relação ao Diagrama de Linus Pauling. Trata-se, também, da primeira carta patente recebida pela Instituição como titular.
O invento é de autoria da professora Amélia Rota Borges de Bastos, em parceria com o também professor Cristiano Corrêa Ferreira e com os pesquisadores Silvano Dias Ferreira e Lucas Maia Dantas, que, na época do depósito do pedido da patente, cursavam, respectivamente, Engenharia de Produção e Licenciatura em Química no Campus Bagé.
Segundo informações da Divisão de Inovação Tecnológica (DIT) da Unipampa, foram mais de três anos entre o depósito e a concessão da carta patente. Para a DIT, a conquista é um marco histórico, visto que esta é a primeira patente da Unipampa como titular. Além desta, a Unipampa possui duas patentes concedidas em cotitularidade com outra instituição e 18 pedidos em análise pelo INPI. Entre eles, 15 são da Unipampa como titular, ou seja, depositados pela própria Universidade, e três como cotitular, pedidos depositados por outras instituições em parceria com a Unipampa.
O pagamento da taxa de expedição da carta patente já foi realizado, e agora é aguardada sua emissão pelo INPI.
O Projeto
O Diagrama Tátil de Linus Pauling é um recurso de mediação dos conceitos químicos que envolvem a temática da distribuição eletrônica.
O modelo proposto é uma alternativa acessível ao modelo gráfico-visual, comumente utilizado para o ensino desse conceito. O diagrama, para além da mediação do conceito químico, se constitui como tecnologia assistiva, por permitir o manuseio independente e com autonomia do usuário com deficiência visual. Esta dupla função garante ao estudante cego e/ou com baixa visão a participação com igualdade de oportunidades no processo de escolarização.
O modelo foi projetado com características de acessibilidade: braile; discriminação tátil; uso simples e intuitivo (da montagem a realização do procedimento de distribuição); portabilidade (tamanho e peso) - o recurso é armazenado em uma maleta que permite que usuários de bengala possam carrega-lo sem prejuízo a mobilidade - ; resistência ao manuseio; possibilidade de ser reproduzido em larga escala em função da padronização dos seus elementos: suportes, fixação e modelagem, dentre outros. Outros detalhes importantes levaram em consideração o custo de fabricação reduzido, ser de fácil montagem, permitindo a manipulação independente pelo estudante com deficiência visual.
Com informações de Alessandro Souza
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