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Data de Publicação 04/09/2020 - 17:57 Atualizado em 04/09/2020 - 17:57 522 visualizações

Unipampa participa do Seminário Competitividade pelo Rio Grande

O clima de otimismo em relação à retomada das atividades no período pós-pandemia do novo coronavírus marcou a 5ª edição do Seminário Competitividade pelo Rio Grande - Juntos para Recomeçar, promovido pela Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (3). Lideranças acadêmicas e políticas da Campanha e da Fronteira Oeste consideram que as atividades ligadas à pecuária e à agricultura e as potencialidades regionais serão diferenciais positivos no retorno.

O reitor da Unipampa, Roberlaine Ribeiro Jorge, afirmou que, com a pandemia, a comunidade se aproximou mais. Ele revelou que a Unipampa suspendeu as atividades acadêmicas presenciais em 12 de março, mas não paralisou o trabalho social. Pelo contrário, fortaleceu a parceria com outros agentes e instituições para produzir máscaras, álcool em gel, testar a população para o novo coronavírus e elaborar estimativas de contaminação devido à subnotificação. Jorge acredita que a pandemia “trouxe experiências” que serão consolidadas tanto pelo setor público quanto pela iniciativa privada. O trabalho remoto é uma delas. Segundo ele, uma modalidade híbrida (presencial e remoto) deverá ser adotada pelas instituições com ganhos de produtividade, qualidade de vida e redução de custos no chamado “novo normal”.

O empresário Valter José Pötter, diretor-proprietário da Estância Guatambu, defendeu que é preciso diversificar as atividades produtivas da região, pois, ao seu ver, as atividades tradicionais chegaram ao seu limite de desenvolvimento. Para exemplificar, trouxe o exemplo de sua propriedade, em que a produção de arroz utiliza 21,2% da área e contribui com 25,8% da receita, enquanto a produção de uva, vinhos e o turismo utilizam apena 0,36% da área e contribuem com 27,2 da receita total. Pötter também apresentou números em relação ao número de empregos gerados. Enquanto na pecuária, é preciso dois trabalhadores por mil hectares, no arroz o número chega a 15 e na fruticultura, a 250. "Meu recado principal é que as autoridades incentivem e facilitem a diversificação", afirmou, acrescentando que o clima e a qualidade do solo na região são fatores que colaboram para isso.

Já o produtor rural Pedro Pires Piffero, que coordena a Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, destacou a importância de eventos que unam os diferentes setores da sociedade em busca de soluções para os problemas. "Se não conseguirmos juntar as entidades, dificilmente vamos dar um passo à frente", avaliou. Ele citou os impactos negativos que a pandemia do coronavírus trouxe para a pecuária, como a interrupção de atividades em frigoríficos, a diminuição da demanda interna, a diminuição do poder aquisitivo do consumidor que fez a demanda diminuir, o aumento do custo de produção, entre outros. Por outro lado, citou o uso da tecnologia para a realização de reuniões e eventos, o que deve permanecer. Defendeu que se dê mais atenção ao agronegócio, com projetos direcionados ao setor, que a tributação ao setor seja justa, e que se diminua a máquina pública.

E o empresário Caio Antolini Nemitz, sócio da Agropecuária Agronemitz, falou sobre a situação do setor do agronegócio nesse momento de pandemia, defendeu a aproximação entre os setores público e privado e mais investimentos em infraestrutura. Sobre a competitividade, criticou o ambiente burocrático e o excesso regulatório do poder público, defendendo o incentivo à lei de liberdade econômica. Também disse que é preciso melhorar a infraestrutura das estradas, incluindo as vicinais, além de ampliar os modais, com ampliação do uso das ferrovias e hidrovias. 

 

Com informações da Agência de Notícias ALRS

 

 

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