Campus Uruguaiana

 O ano letivo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) iniciou na última quinta-feira, 3, nos dez campi da Instituição. Somando-se às 63 graduações já em andamento na Universidade, o curso de Medicina começou suas atividades com todas as vagas preenchidas. A nova graduação oferta 60 vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), sendo 30 para ingresso no primeiro semestre e as outras 30 com início no semestre seguinte.

As atividades de recepção aos calouros começaram na quinta-feira, 3, quando os acadêmicos tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o funcionamento e estrutura da Unipampa. Na manhã de sexta-feira, 4, uma cerimônia marcou a inauguração do novo curso. Realizada no Salão de Atos do Campus Uruguaiana, a Aula Inaugural do curso de Medicina reuniu além de acadêmicos e professores, autoridades de Uruguaiana e região.

A abertura foi realizada pelo diretor do Campus Uruguaiana, professor João Cleber de Andrade, que enfatizou a responsabilidade que a Unidade Universitária e a Reitoria têm para com este curso. Andrade explicou como surgiu o projeto e qual a relação com o Programa Mais Médicos, do Governo Federal. “O programa Mais Médicos proporcionou a expansão das Escolas Médicas no interior do país, marcado pela necessidade de fixação de médicos nestas regiões e, justamente, por este motivo marcamos a construção deste projeto”, e concluiu: “Este curso é para o município de Uruguaiana e para a Fronteira Oeste um divisor de águas”.

O coordenador pro tempore do curso de Medicina, Luís Flávio de Oliveira, também contou sobre o surgimento do projeto da graduação e disse: “O curso nasce de um desejo contido de toda uma região que gostaria de ter uma qualificação, mas, também, no sentido quantitativo, por mais profissionais da área da saúde”.

Presente no início das aulas da nova graduação, o reitor da Unipampa, professor Marco Hansen, afirmou que “a Unipampa preocupa-se não só com o curso de Medicina, mas com os outros 63 cursos de graduação, 28 cursos de especialização, 11 mestrados e dois cursos de doutorado. Todos são cursos de grande importância para o desenvolvimento regional da Metade Sul”, e continuou: “Estou muito feliz por este início do curso de Medicina através de uma ação interna por parte de professores e gestores de transformar este curso em realidade”. Hansen também parabenizou a equipe que desenvolveu o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) que, segundo o reitor, “apresenta um diferencial na forma de ensinar, aprender e de trabalhar”. Por fim, desejou boas-vindas aos novos professores e aos novos alunos. “O motivo da Universidade são os alunos. Sem os alunos nós não seríamos nada”, afirmou.

Para o prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider, “o curso de medicina mudará o perfil não só do acadêmico da região de Uruguaiana, mas do atendimento de saúde e do desenvolvimento econômico de toda a região”. Schneider fez referência à lei municipal nº 4.400, criada para facilitar a realização dos estágios e residências para os futuros alunos da cidade. “O município de Uruguaiana quando assinou a lei nº 4.400 de 2014 reafirmou, de forma jurídica e legal, o seu comprometimento com o curso”, enfatizou.

Na oportunidade, o acadêmico Henrique Prochmann  representou os demais discentes do curso de Medicina. Em sua fala, destacou a dificuldade que é a aprovação no curso e a responsabilidade de assumir a primeira turma. “A gente entende a expectativa de todo mundo: da universidade, da comunidade de toda a Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. É uma pressão, mas ninguém tem medo dessa pressão. A gente sabe a importância de estar aqui, a gente entende que tem que mudar o país inteiro, a gente sabe para onde e como tem que mudar, e a gente assume a responsabilidade de fazer esta mudança”.

A nova graduação possui acadêmicos de diferentes regiões do Estado e do país e todos com grandes expectativas. Fernanda Barreto, 19 anos, é natural da cidade gaúcha Santiago e falou sobre a importância da região possuir um curso de Medicina. “É muito bom ter um curso aqui, que proporcionou para 60 pessoas esta oportunidade”, Fernanda também espera uma boa preparação profissional. “Eu como quero ser uma médica emergencista, preciso de um preparo muito bom e espero que o curso proporcione isso para a gente”, contou. Já Gabriela Nogueira, 20 anos, natural de Ijuí/RS, diz que criou muitas expectativas para este curso. “É uma nova metodologia, é diferente, e eu acredito que a gente vai aprender bem mais. Eu gostei da dinâmica do curso e da proposta”, conta.

Curso de Medicina da Unipampa

Com aulas em turno integral no Campus Uruguaiana, a nova graduação tem duração de 12 semestres. A formação do médico graduado pela Unipampa tem por objetivo dotar o profissional de conhecimentos para uma formação generalista, humanística, crítica e reflexiva, capacitado a atuar no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção.  Além disso, a formação deste profissional deverá contemplar, prioritariamente, o Sistema Único de Saúde do Brasil, junto às redes de atenção em saúde, privilegiando o trabalho em equipe.