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Data de publicação 28/11/2022 - 10:00 Atualizado em 28/11/2022 - 10:00 100 visualizações

Grupo de Extensão da Unipampa-Campus apresenta Sistematização de Experiência em Cooperativa de Assentados da Fronteira Oeste

Por Tamíris Centeno Pereira da Rosa

O Grupo Interdisciplinar de Estudo e Assessoria para o Desenvolvimento Rural (Gieader) do Campus Itaqui da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), realizou, no dia 17 de novembro, durante as comemorações de aniversário da Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste (Coperforte), a apresentação do material audiovisual da sistematização de experiência com a Cooperativa, em Santana do Livramento.

A (Coperforte), com sede no município de Santana do Livramento (RS), completa 20 anos de história no ano de 2022. Sua trajetória é marcada pela resistência de pequenos produtores que persistem na atividade leiteira, mesmo diante das crises enfrentadas pelo setor nos últimos anos.

O objetivo da sistematização da Cooperativa foi reconstruir a trajetória da utilizando o método linha do tempo e a ferramenta SWOT onde identificou suas forças, oportunidades, fraquezas e ameaças e demonstrou as informações em formato de vídeo com os principais momentos durante sua trajetória. O trabalho foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A sistematização teve como eixo central a reconstrução do processo histórico da Coperforte nos seus 20 anos de existência, e objetivo geral, de “resgatar e documentar a trajetória da Cooperativa provocando um processo reflexivo sobre suas ações e estratégias de superação das adversidades.” Especificamente foram objetivadas reconstruir sua trajetória; identificar os momentos mais desafiadores e as estratégias de superação; refletir sobre os feitos e aprendizados, analisar o momento atual da cooperativa, perspectivas e desafios futuros e elaborar material audiovisual da cooperativa para o aniversário de 20 anos.

De acordo com o professor da Unipampa, Vinicius Dalbianco, o método de sistematização experiências está embasado na perspectiva de Holiday (2006, p. 24), onde define a sistematização como sendo uma “interpretação crítica de uma ou várias experiências que, a partir de seu ordenamento e reconstrução, descobre ou explicita a lógica do processo vivido, os fatores que intervieram no dito processo, como se relacionaram entre si e porque o fizeram desse modo”.

Ele explica que a sistematização é uma interpretação crítica de uma experiência, que apenas é possível pelo ordenamento e reconstrução do processo vivido e que possui uma lógica que conduz o processo de modo a compreender os fatores que intervêm e as relações entre eles. “Assim, a sistematização produz um novo conhecimento a partir de uma prática concreta, possibilitando a sua compreensão e transcender para além dela. Com ela também é possível objetivar o processo vivido, de tal modo que se converte a experiência em objeto de estudo, interpretação teórica e ao mesmo tempo de transformação”.

“Deste modo, considera-se que a sistematização de experiências se revela numa ferramenta importante para ordenamento dos fatos, reconstrução de processos vividos e reflexões que geram aprendizados. Assim, processos de sistematização no rural podem ser úteis para organizações associativas, cooperativas, entidades de extensão rural, ONGs entre outras que queiram contribuir com ações educativas de caráter emancipatório para rural”, conclui Dalbianco.

Em 2023 o Gieadar pretende desenvolver o mesmo método em outras regiões do estado que possuam assentamentos da reforma agrária. 

 

 

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