Campus Itaqui

A Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Campus Uruguaiana, através do curso de Engenharia de Aquicultura, divulga os projetos desenvolvidos pelo Laboratório N Concept durante a 46ª Expointer, feira agropecuária de destaque internacional realizada no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, na cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul. O destaque é para a apresentação presencial, que ocorre nesta tarde, 31 de agosto, no espaço da Febrac. Na data, serão mostrados os projetos para melhorar eficiência do cultivo de peixes, com o tema “Produção de peixes com baixa renovação de água: desenvolvendo e aplicando tecnologias”.

Para esta ação, estão envolvidos servidores da Instituição: os professores Gabriel Bernardes Martins; Leandro Lunardini Cardoso; Maria Elisabete Mollman; e o técnico administrativo em educação e zootecnista, Cristiano Miguel Stefanello. Segundo o professor Gabriel, esta é uma “forma de transferir as tecnologias ao setor produtivo, além de aumentar os contatos com os envolvidos nos setores para a captação de demandas e recursos”.

Sobre os projetos:

No laboratório da Unipampa, coordenado pelo professor Gabriel Bernardes Martins, a busca é por mais eficiência no cultivo aquícola intensivo em meio aos bioflocos (BFT), sistema que vem sendo amplamente utilizado em tilápias e camarões nos últimos anos. Os projetos do laboratório incluem utilização de bioreatores anaeróbios para estabilizar a qualidade da água e reduzir o consumo energético, desenvolvimento de meio de cultura específico para crescimento dos grupos de bactérias nos bioreatores, de um oxigenoreator para remoção de sólidos e aumento na concentração de oxigênio dissolvido e de um sistema automatizado para análise de qualidade de água por imagens com inteligência artificial.

Segundo o professor, o sistema de bioflocos atende às principais demandas mundiais de sustentabilidade relacionadas ao melhor uso da água, nutrientes e áreas agricultáveis, bem-estar animal e biossegurança. “Devido a sua alta produtividade, é possível utilizar estufas agrícolas, que por sua vez, colaboram para a estabilidade térmica da água, sendo uma excelente alternativa para regiões subtropicais e temperadas, como o RS, possibilitando o melhor escalonamento da produção durante o ano”. A partir dos resultados obtidos, como uma densidade de juvenis de tilápias podendo chegar a 25 kg/m3, quando geralmente fica entre 10 a 15 kg/m3, Martins diz que serão desenvolvidos produtos em parcerias com empresas e startups, como a Biofact 74, da qual é sócio investidor, para facilitar a transferência de tecnologias ao setor produtivo.