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Data de publicação 15/04/2020 - 18:36 Atualizado em 15/04/2020 - 18:47 305 visualizações

Unipampa analisa cenários da Pandemia de Coronoavírus em Bagé

Por Tamíris Centeno Pereira da Rosa

Um estudo realizado por servidores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) pretende orientar as possíveis medidas durante a Pandemia de Covid-19 adotadas pela prefeitura de Bagé, município com 120 mil habitantes e 28 pessoas com teste para a doença positivado. A cidade já registrou a transmissão comunitária de Coronavírus entre a população.

De acordo com o projeto, estudos mostram que uma epidemia se apresenta na forma de ondas, onde cada onda é caracterizada por um surto. No século 20, o mundo experimentou três pandemias de gripe: a “gripe espanhola” do H1N1 de 1918, a “gripe asiática” do H2N2 de 1957 e a “gripe de Hong Kong” do H3N2 de 1968. A primeira pandemia de gripe do século 21 ocorreu em 2009 e foi causada por um vírus da gripe H1N1 de origem suína. Durante cada uma dessas quatro pandemias, os Estados Unidos sofreram várias ondas, onde o número de infecções e mortes exibia picos temporais bem afastados com uma separação da escala de tempo dos meses.

“Nosso trabalho vai ser subsidiar as informações para a Prefeitura sobre algumas tomadas de decisão que possa vir a ter, tais como aumentar o distanciamento social, campanhas para que a população tenha mais cuidados com a saúde. Além disso, informações sobre o sistema de saúde, se ele pode comportar ou não os casos graves de Covid-19 no nosso município”, explicou o professor da Unipampa, Guilherme Goergen.

Segundo o professor da Unipampa, Anderson Bihain, o estudo pretende realizar simulações em relação ao espalhamento do Sars-Cov2, estimando a capacidade hospitalar e as possíveis consequências que o município pode sofrer a partir de cada decisão tomada pelo poder público. “Com tudo isso estamos nos reunindo periodicamente com o secretário da Saúde de Bagé, Mário Mena, e esporadicamente o prefeito, Divaldo Lara, onde estamos trazendo resultados que refletem diretamente nas medidas adotadas pela prefeitura através de decretos”.

A colaboração do grupo de trabalho formado por servidores da Unipampa com o poder público municipal é feita de forma voluntária, iniciando pelo contato dos docentes com o secretário de Saúde de Bagé para obtenção de dados para corroborar com a pesquisa, o que causou o interesse de Mena para mais uma fonte de informação. O trabalho já tem duração de quatro semanas.

Com o estudo, a Unipampa pretende estimar com maior fidelidade a expectativa de contaminados, imunizados, curados e mortes em cada período de tempo; Estimar o erro na identificação e contagem de indivíduos contaminados; Análise de dados constantemente; Prever o comportamento e possibilidade de novos surtos; Estimar a capacidade hospitalar necessária e como a epidemia se comportará diante da infraestrutura existente.