Na tarde da última terça-feira, 19, o reitor e a vice-reitora da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Edward Frederico Castro Pessano e Francéli Brizolla, receberam o diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, Alexandre Mapurunga, e o coordenador-geral de Política Pedagógica da Educação Especial, Marco Antônio Melo Franco, ambos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC). Com a finalidade de discutir as perspectivas e possibilidades da Educação na Região do Pampa, com foco na Educação Inclusiva, somaram-se à comitiva os gestores municipais e da rede estadual de educação da região de abrangência da Unipampa.

O evento contou com a apresentação do professor do curso de Música, José Daniel Telles dos Santos, com a canção Alfonsina y el Mar. A abertura do evento foi realizada pela vice-reitora da Unipampa, Francéli Brizolla, que destacou a importância do painel e sua alegria por reunir os três segmentos da educação na Unipampa. Francéli propôs um pacto pela Educação, em que a Unipampa seja o ponto focal de um trabalho conjunto que reúna os gestores da educação para debater a formulação de editais, cursos e, também, que possam levar informações relevantes para os professores, possibilitando a formação continuada de suas equipes.

A pró-reitora Claudete Martins, da nova Pró-Reitoria de Comunidades, Ações Afirmativas, Diversidade e Inclusão (Procadi) da Unipampa, apresentou o setor, sua equipe e os principais objetivos da Procadi, enfatizando que a pró-reitoria tem um olhar para tornar a universidade mais inclusiva, mas sem esquecer a origem de seus alunos, que é da rede básica de educação. “A ideia é darmos as mãos para garantir o que lhes é de direito”, frisou. Claudete também convidou Simôni Costa e Cristiano Ferreira para apresentar ao grupo presente o Programa de Extensão Tertúlias Pedagógicas Inclusivas do Pampa, que recebe fomento da Secadi e oferta cursos para professores da Educação Básica de todo o país.

O diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva da Secadi/MEC, Alexandre Mapurunga, destacou a qualificação da educação básica e a importância dos professores desempenharem um papel de condução do saber pedagógico. Na perspectiva da educação inclusiva, Alexandre também enfatizou a necessidade do diálogo com a família e com outros saberes. Quanto à Unipampa, o diretor apontou a criação da Procadi como uma iniciativa de valorização do tema dentro da Instituição.  

Por sua vez, o coordenador-geral de Política Pedagógica da Educação Especial, Marco Antônio Melo Franco, reforçou a importância do diálogo e do pensar coletivo, pois cada região do Brasil apresenta demandas específicas. “A Secadi trabalha com a diversidade da diversidade, com um público que é excluído das políticas públicas”, afirmou. Marco também abordou a recomposição da Secretaria em 2023 e falou sobre os cursos de formação e projetos já ofertados e que ainda serão oferecidos tanto para os professores de Atendimento Educacional Especializado quanto das salas regulares.

O reitor da Unipampa, Edward Pessano, trouxe para os convidados um histórico das ações e pesquisas que resultaram na criação da Procadi. “A diversidade é uma realidade e nós precisamos dar condições de permanência para esses alunos”, ressaltou o dirigente da Universidade. Edward também falou sobre a relevância da Universidade estar além dos seus muros e, assim, compreendendo as escolas, seus professores e estudantes. “A parceria com os municípios e o Estado é importante para o fortalecimento das políticas públicas e, consequentemente, fortalece nossa Universidade”, disse.

Após as apresentações, houve espaço para manifestação dos demais participantes. Michela Silveira e Francine Madruga - professoras de AEE, egressas do mestrado de Ensino da Unipampa, integrantes do Grupo Inclusive e idealizadoras do Grupo de Pesquisa, Estudos e Prática Inclusiva (GPEPI) - falaram de seus anseios como professoras de AEE e entregaram uma carta aos representantes da Secadi/MEC.

Para a Secadi, o evento foi um momento de aprendizado. “Parceria que não se encerra aqui”, afirmou Alexandre. O diretor, por fim, falou que a discussão servirá para outras ações que visam fortalecer a educação inclusiva.