O reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Marco Antonio Fontoura Hansen, participou nesta terça-feira, 7, de um debate sobre os cortes orçamentários nas instituições federais de ensino. A discussão, mediada pela jornalista Lara Denise de Medeiros Rodrigues, foi realizada na Rádio Difusora, em Bagé, e contou com a participação da diretora-geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (Ifsul), Campus Bagé, Giulia D'Avila Vieira, e dos professores do Ifsul, Anelise Ramires Meneses e Daniel Santana.

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O debate iniciou com a exposição sobre o bloqueio que foi identificado pela Unipampa na quinta-feira, 6, no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Governo Federal. No caso da Unipampa, o valor total bloqueado de custeio, que se destina a cobrir despesas relacionadas aquisição de material de consumo (materiais de expediente, limpeza, construção etc.) e contratação de serviços (manutenção, vigilância, terceirizados etc.), é de R$ 14.181.519,00. Já o valor total bloqueado de capital, que se refere à aquisição de materiais permanentes (construção de prédios, eletrônicos, mobiliário etc.), é de R$ 4.621.259,00.

Hansen ressaltou a importância do debate para esclarecer à comunidade o impacto dos cortes orçamentários no desenvolvimento das atividades da Unipampa: “nós dependemos integralmente dos recursos do Ministério da Educação, pois ainda não temos fundações de apoio para captar outros recursos externos”. Para o reitor da Unipampa, a realidade da Unipampa é mais preocupante “em função da própria região em está inserida, de uma histórica estagnação econômica”.

Para finalizar, o reitor da Unipampa ressaltou a função das instituições federais na sociedade, pois “estão fazendo um papel social e de reequilíbrio regional, tanto nas suas ações de inclusão, acessibilidade, quanto nas ações de impacto local. A movimentação de pessoas nas cidades, que passam a alugar casas, realizar compras etc., alavanca a economia da região”. Concluindo sua fala, Hansen complementa que “os recursos bloqueados não vão impactar somente a Universidade, mas toda a economia dessas regiões, desde renda até poder de consumo”.