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Data de Publicação 27/05/2019 - 11:48 Atualizado em 28/05/2019 - 11:40 1345 visualizações

Projeto da Unipampa aproxima meninas do ensino médio da área de Ciências Exatas

Projeto Cientistas do Pampa busca, desde 2017, aproximar o ensino médio do superior
Por Luis Noal

Área onde o gênero masculino tem maior presença nas Universidades, as Ciências Exatas tentam nos últimos anos mudar essa realidade de desigualdade de gênero. Na cidade de Uruguaiana, o projeto de divulgação Cientistas do Pampa busca aproximar meninas do ensino médio das Ciências Exatas e da carreira acadêmica. O projeto, desenvolvido em diferentes áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), é administrado pelas professoras Pâmela Carpes, Mara Marzari, Daiana Ávila, Eliade Lima, Simone Pinton, Carla Spohr e Márcia Lucchese, dos cursos de Ciências da Natureza, Farmácia e Fisioterapia, do Campus Uruguaiana e Física, do Campus Bagé. O projeto existe em colaboração com o Instituto Estadual de Educação Elisa Ferrari Valls, desde novembro de 2017, com alunas do terceiro ano do ensino médio.

Além de convidar as estudantes para conhecer a Universidade, o projeto também busca aproximar as mulheres da área de Ciências Exatas, como destaca a professora do curso de Ciências da Natureza, Eliade Lima. “O projeto proporcionou às participantes a oportunidade de conhecer profissões e carreiras que elas nem imaginavam existir. Tiveram a oportunidade de conhecer histórias de mulheres cientistas de sucesso e também puderam vivenciar momentos na Universidade antes mesmo de ingressar. Tiveram que apresentar seus trabalhos na feira de ciências da cidade, além de também apresentar para representantes das instituições financiadoras do projeto”, afirma.

O projeto foi um dos dez selecionados pelo edital Elas nas Exatas, onde a proposta do Campus Uruguaiana, intitulado Energéticas, busca aproximar meninas de ensino médio com as Ciências Exatas, foi a segunda selecionada em um total de 189 projetos inscritos em todo o país. Criado pelo Fundo Elas, Instituto Unibanco e Fundação Carlos Chagas, o edital busca o maior acesso de meninas nas áreas de Ciências Exatas e Tecnologia para transformar o cenário de desigualdade de gênero, existente no Brasil. Para a seleção do projeto, em 2018, foram analisadas 42 redações sobre mulheres na ciência, que passaram pelo processo seletivo, das quais 35 foram aprovadas.

Neste ano, o projeto busca acompanhar onde essas meninas estão, se em cursinhos preparatórios para Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou em universidades. De acordo com Eliade, “ao longo do ano de 2018, acompanhamos a evolução das meninas quanto à sua autoestima e ao empoderamento adquirido. São resultados  impressionantes que estão sendo preparados para publicação. As mudanças são mais perceptíveis inclusive nas escolhas da carreira após a participação no projeto”, destacou. Além dessa melhora na autoestima das estudantes, o projeto ainda ampliou o campo de visão na escolha da futura profissão de jovens recém formadas no ensino médio, um dos objetivos alcançados pelo projeto.